Bento Dias Pacheco, ituano, nascido em 1819, na Fazenda da Ponte, a margem direita do Rio Tietê, provinha de família muito abastada. Filho de Inácio Dias Ferraz e Ana Antonia Camargo, desde cedo era incentivado a tornar-se doutor de prestígio na região. Porém, optando pelo sacerdócio, deu início aos seus trabalhos religiosos ali mesmo, na dita comarca.
Pouco tempo depois, após o falecimento de seu pai, viu-se impelido a cuidar dos negócios da fazenda, notabilizando-se pelo trato e cuidado que possuía em ralação a sua escravaria. Tal característica, de amor ao próximo, lhe rendeu dois convites para assumir a função de capelão do Hospital dos Lázaros, ambos recusados devido ao temor e preconceito que vigorava na época, em relação aos portadores de hanseníase.
No entanto, em 1869, Pe. Bento encheu-se de coragem e, radicalmente, decidiu dar novo rumo a sua vida: vendeu todos os bens, distribuindo os lucros obtidos aos mais necessitados da região, despediu-se de parentes, amigos e foi morar na Chácara Piedade, local onde eram isolados os portadores do mal de hansen.
Estava convicto: a partir dali, Pe. Bento Dias Pacheco dedicaria sua vida aos doentes, amparando-os material e espiritualmente. O árduo trabalho de Pe. Bento - pai, amigo e médico daqueles enfermos - se estendeu por 42 anos, até o dia de sua passagem, em 06 de Março de 1911. Seu corpo está sepultado na Igreja do Sr. do Horto e São Lázaro, no bairro em que hoje leva o seu nome.
Desde 2003, a Cúria Diocesana de Jundiaí instalou o Tribunal Eclesiástico Diocesano para a Causa de Beatificação e Canonização de Pe. Bento Dias Pacheco, cujo processo ainda tramita na Congregação para a Causa dos Santos, Vaticano.
Foto: Pe. Bento Dias Pacheco, em 1900.
Crédito: OLIVEIRA. Jair de. "Memória de Itu". Itu: Gráfica Gaviolli, 2011.
Fonte: site Wikipédia.
site Diocese de Jundiaí
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