19.3.12

Calçamento urbano


Segundo o historiador ituano, Francisco Nardy Filho, as primeiras informações sobre o calçamento das ruas da cidade de Itu/SP, datam de 1790. D. Bernardo de Lorena, o então Capitão-General Governador de São Paulo, inclusive, teceu elogios à iniciativa dos poderes públicos de nossa cidade.
Em 1826, a Câmara Municipal de Itu/SP determinou que os moradores das ruas do Comércio, Direita, Carmo e Palma, construíssem calçadas de 10 palmos de largura em suas portas, sob pena de multa de 6$000 (seis mil réis).
Em 1884, foi a vez das ruas do centro da cidade serem macadamizadas, ou seja, cobertas com 3 camadas de pedras (cascalhos) que, posteriormente, eram comprimidas ou piladas por pesados rolos. Além disso, tornava-se necessário o assentamento de valas laterais que garantiam o escoamento das águas pluviais. Em 1904 foi realizado o assentamento de paralelepípedos da Rua Direita e Praça Pe. Miguel e, em 1926, o calçamento da Rua do Comércio.

Todas as pedras utilizadas para a “pavimentação” de nossas ruas, eram retiradas de pedreiras existentes nas proximidades da cidade, na região do Rio Tietê, antiga estrada para Jundiaí. As calçadas, por sua vez, eram construídas com lajes de varvito, extraídas da pedreira cuja formação geológica é o resultado da deposição de argila, areia e silte, ocorrida entre, aproximadamente, 300 milhões de anos.

Ainda hoje – no calçamento lateral da Igreja Matriz, por exemplo - é possível encontrarmos vestígios da presença de animais invertebrados que habitavam o fundo dos lagos, onde a deposição ocorria. Estes vestígios aparecem na forma de traços finos e alongados, geralmente mais claros, formados durante os meses quentes, quando a vida nos lagos poderia ser mais ativa.

Fotos: Extração e transporte do varvito (atual Parque do Varvito).
Créditos: Elton Zanoni/Moacir Fritzen/Grupo Fotos Antigas de Itu/SP.
Fonte: Wikipedia/varvito
FILHO, Francisco Nardy. “A cidade de Ytu”: histórico de sua fundação e dos seus
principais monumentos. Itu:Ottoni Editora, vol.01, 2ª edição, 2000.

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