26.4.12

Cia. Ytuana de Estradas de Ferro


A criação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, ligando Campinas a Jundiaí, despertou nas elites políticas e econômicas de Itu/SP, sobretudo a cafeeira, a necessidade de se construir aqui, uma empresa que ligasse a cidade a esse tronco ferroviário da “São Paulo Railway”.
Em Janeiro de 1870, o Presidente da Província de São Paulo, o Dr. Antonio Caetano da Rocha, chegou a cidade de Itu para presidir os trabalhos de organização e execução da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro.
No dia seguinte, o Paço Municipal, localizado no Largo do Carmo, encontrava-se todo ornamentado, com a presença de bandas locais e considerável número de populares. A sessão teve início no dia 20 de Janeiro e foi toda secretariada pelos ituanos Dr. Queiróz Telles Jr. e Bento de Paula Souza.
Após várias declarações e considerações a respeito da importância de tal construção, o Presidente da Província de São Paulo declarou organizada a Companhia Ytuana de Estadas de Ferro, cujo capital de 2.500:000$000 (dois mil e quinhentos contos de réis), foi dividido em 12.500 ações de 200$000 (duzentos mil réis) cada uma. Dessas, cerca de setenta mil foram arrematadas nessa reunião.

No dia 17 de Abril de 1873, um dia antes da “Convenção Republicana de Itu”, com a presença do então Presidente da Província, o Dr. João Theodoro Xavier, foi inaugurada a Estação Ferroviária de Itu/SP e a ligação férrea com a cidade de Jundiaí/SP. Uma das travessas do prolongamento da rua do Comércio até a estação de trens, foi chamada de rua 20 de Janeiro.
Segundo o historiador Nardy Filho, o principal organizador da Companhia Ytuana foi o Dr. José Elias Pacheco Jordão e seu capital eram quase que majoritariamente ituano.
Estava, assim, realizado uma das principais obras de escoamento da produção cafeeira de Itu e região – principal responsável pelas receitas do Império – ao Porto de Santos, o que barateou os custos da produção, na mesma proporção que os lucros aumentaram.

FONTE: Nardy Filho, Francisco. “A cidade de Itu: crônicas históricas”. Itu: Ottoni Editora, 2ª ed., vol. III, 2000.

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