Pintor ituano precursor da
abordagem temática regionalista, especificamente, a cultura caipira. Privilegiou, com simplicidade, personagens anônimos e aboliu a monumentalidade do ensino artístico das academias, em favor do Naturalismo.
Seu primeiro incentivador foi o padre Miguel Correa Pacheco, quando o pintor ainda trabalhava como sineiro na Igreja Matriz de Nossa Sra. da Calendária, para a qual produziu algumas obras de temática sacra.
Almeida Júnior participou de quatro edições do Salon de Paris, entre 1879 e 1882. Desse período datam algumas de suas maiores obras, tais como O Derrubador Brasileiro e Remorso de Judas, A Fuga para o Egito e O Descanso do Modelo.
De volta ao Brasil em 1882, Almeida Jr. realiza a primeira mostra individual na Academia Imperial de Belas Artes, exibindo sua produção
parisiense. Sua atuação como artista consagrado em São Paulo contribui decisivamente para o amadurecimento artístico da capital paulista.
Em 1884, o pintor recebe o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa, concedido pelo Império Brasileiro. Em seu último período, Almeida Jr. irá progressivamente substituir os
temas bíblicos e históricos pelas obras de temática regionalista, como por exemplo, Caipira Picando Fumo (1893) [foto], Amolação Interrompida (1894) e O Violeiro (1899). Aqui, o artista revela seu desejo de aproximar-se do cotidiano do homem do
interior, distanciando-se das fórmulas generalistas da pintura acadêmica.
Talento e simplicidade.
Esse é o recado.
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